sábado, 12 de julho de 2014

Materno Amor

Despistes de todas as vaidades
Renunciastes ao glamour das horas noturnas
Como se enclausurada no lar, ficastes
Como guardiã de uma grande fortuna.

O teu sono, em horas minguastes
Teu olhar, mais além tem de alcançar.
Teus braços, antes frágeis, agora fortes
Para o peso da cria e da vida suportar.

Dos teus seios, o branco amarelado verte
Para nutrir a vida que no ventre carregastes
E tinge de amarelo tuas vestes
Deixando-te mais mãe, e menos mulher.

No corpo, as marcas do amor doado
Esqueces até, que mulher és.
Teu amado, nas noites frias reclama
Já não encontra sob os lençóis, os teus pés.

No coração, um amor sem medidas
Carregarás por toda a vida.

 Sônia Rodrih


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