Presa
como um pássaro
Desvencilhar-me
não consigo
A cada intento, mais presa fico.
Minhas
forças esvaecem
Partir
já não consigo
E ficar é o meu castigo.
Não
saberia mensurar
Qual
sina mais difícil
A de ir, ou de ficar.
Não
sou mais dona de mim
Órfã
da minha razão
E refém do meu coração.
Hei
de encontrar forças
Coragem
para voar
E o voo da liberdade, alçar.
Mas
sozinha não consigo
De
uma mão e um coração
Com
urgência necessito.
Que amor
é doação
Não
pode existir conflito.
E
se como um visgo me prendes
E machuca o meu coração
Não
pode ser amor, e sim escravidão.
Sônia Rodrih
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