sábado, 22 de maio de 2021

Quem é Ela?

Que te rouba o chão

E te deixa nas nuvens

Levitando

Em suspensão...

 

Que te rouba sorrisos

E te deixa em estado de graça

Meio bobo-alegre

Mais bobo, que alegre...

 

Que te rouba a sensatez

E te deixa sem limites

Inconsequente

Meio adolescente...

 

Que te rouba a paz

E te deixa intenso

Inquieto

Menos esperto...

 

Que te rouba a inocência

E te deixa voraz

Canibalesco

Mais que sagaz...

 

Que te rouba de você mesmo

E te perde pelo caminho

Perdido

Em meio a flores e espinhos...

 

Que te ofusca a visão

E te deixa febril

Embevecido

Mais que iludido...

 

Que te sequestra de ti mesmo

E te rouba a razão

Perdição

É ela – a paixão!


 Sônia Rodrih





Inteiro Teor

Nos versos

Desenho a minha saudade

E o meu amor de verdade...

 

Nas rimas

Trago encantos

Para disfarçar o meu pranto...

 

Nas estrofes

Conto segredos

Sem receios, sem medos...

 

Nas entrelinhas

Abro-te meu coração

E confesso a minha paixão...

 

Nas metáforas

Há um disfarçar, indisfarçável

Do sentimento indomável...

 

E no “inteiro teor”

Declaro-te

Todo meu amor! 

Sônia Rodrih





sábado, 15 de maio de 2021

Emboscada

Chegaste tão frágil

Inseguro e vulnerável

Embora travestido de força e poder...

 

Os anjos entoaram hinos

E dançaram a dança do amor

Estava escrito...

 

Os beijos deram fôlego aos dias difíceis

As carícias aliviaram as dores da alma

Os risos alegraram os dias enfadonhos...

 

Experimentaste a paz, nas batidas do meu coração

Conheceste o amor nas ações

Amor inimaginável, de outras vidas, talvez...

 

A turbulência de sentimentos, por ti, negados

À procura de validação

Abriu um grande abismo...

 

Em meio ao combate

Palavras foram lançadas feito flechas

E abriram grandes feridas...

 

O terreno estava minado

E o amor tentava sobreviver

À iminência da destruição...

 

O inimigo estava à espreita

O ataque certeiro, declina o oponente

Derrotado pelo fator surpresa...

 

Destituído e ferido de morte

Sangra a ferida imaginária

Dentro do peito, a dor é real...

 

Em meio à destruição

Em meio à devastação

O coração ainda pulsa...

 

Descompassado, pulsa

Desacelerado, pulsa

Insistente, pulsa...

 

Lentamente, pulsa

Em contagem regressiva

Pulsa...


Sônia Rodrih