quarta-feira, 13 de agosto de 2014

As Uvas do Amor

O mesmo nó na garganta
O mesmo grito preso
Saudade do riso que encanta.

E cada dia é uma tortura
É dor que desatina
E não há remédio ou cura.

A fortaleza vai cedendo
A rocha ruindo
O coração doendo.

Faz-de-conta não existe
A lágrima teimosa brota
Saudade que insiste.

Uva, doce feito mel
Assim como o amor
Tardia, vira fel.

Sônia Rodrih

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